segunda-feira, 8 de julho de 2013

Um Teto Para Meu País – março 2012

Após o projeto de Uganda com o eMi, eu estava procurando fazer outro projeto que envolvesse minha profissão, foi então que duas pessoas completamente diferentes me falaram sobre o Um Teto Para Meu País (UTPMP, hoje TETO) e eu lembrei de já ter ouvido falar deles na FAU.

O TETO é uma organização sem fins lucrativos que começou no Chile em 1997 e já está no Brasil desde 2006. Eles constroem casas emergenciais em favelas, para famílias pré-escolhidas (através de uma coleta de informações feita também pelo grupo) que pagam uma pequena parte dos custos e ajudam também a construir.

Eles iam ter uma construção e eu resolvi me inscrever sozinha mesmo. Fui eu então, de 16 a 18 de março de 2012, para a Comunidade Souza Ramos, Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, para ajudar a construir uma dessas casas. Naquele fim de semana seria construída a casa de número 1000 no Brasil. Seria uma das mais de 60 casas construídas por mais de 1000 voluntários, a maioria de universitários, em 6 comunidades, apenas naqueles dias.


uma tentativa de panorâmica da Comunidade Souza Ramos


voluntários da Comunidade Souza Ramos

As casas tem 18m², são feitas de madeira pré-fabricada e telhado de zinco. Cada grupo de mais ou menos 10 pessoas constrói uma casa. A gente já recebe os painéis montados para juntarmos o “quebra-cabeça”, mas temos também que preparar o terreno, e o cavar foi não só uma tarefa pesada fisicamente, como psicologicamente, à medida que íamos encontrando muitos itens surpreendentes enterrados por ali.

Nossa equipe construiu a casa da Ana Carolina, então com 17 anos, e do Mateus, seu filho de 3. A mãe da Ana já tinha uma casa do TETO e sua tia, e vizinha, estava ganhando uma no mesmo fim de semana.



 nossa equipe, Ana Carolina, sua mãe, e seu filho Mateus

Como eu não tenho altura, nem muita força, virei a Miss Nível, e ficava andando de um lado pro outro com uma mangueira com água :) Mas fiz questão de martelar, cavar e subir no telhado, e ao final, varrer a sujeira toda pra entregar a casa limpinha ;)





No fim de semana seguinte, no dia 24, parte do grupo voltou até a comunidade para pintar as casas, mas infelizmente não consegui participar desta tarefa.



Eu ainda (sim, AINDA) não cheguei a uma conclusão concreta do quanto isso realmente ajuda uma família, gostaria de rever essas famílias daqui 5 anos (tempo estimado de duração das casas), gostaria de ver o quanto a casa realmente ajudou a família. Mas a princípio, o sorriso delas, o fato de ter alguém vendo que elas existem, ou até o simples fato de estarem acima do chão e não terem suas casas alagadas com qualquer chuva, tudo isso já é um adianto e tanto.



Outro ponto positivo foi ver tanta gente envolvida. Tanta gente que poderia estar fazendo qualquer coisa no fds, mas estava dormindo no chão frio de uma escola da periferia para ajudar uma família carente a ter um teto mais digno.


voluntários do fim de semana, para as 6 comunidades

A construção é feita por estudantes universitários de TODAS as áreas e porte físico, portanto não é necessário conhecimento prévio na área da construção ou mesmo ter habilidade com martelo e prego. Com disposição, sempre há alguma coisa com o que ajudar, portanto doe seu tempo, doe amor, doe o que você tiver.


Beijinhos,

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